quarta-feira, 9 de março de 2011

EU...

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada...a dolorida...

Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber por quê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!

                                           Florbela Espanca
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Venho me perguntando o que me faz gostar tanto de seus poemas...vejo sempre uma alma triste e angustiada em seu escritos, extremamente feminina e apaixonada... que busca  encontrar um significado para sua existência...dar significado a sua vida...questionamento que me faço também..com .mais  leveza? Talvez!...vivo em outro tempo, em que o papel feminino encontra-se um pouco mais livre... mesmo assim sufoco minha alma poética que liberto entrando em seu universo...











me apenas...

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