sexta-feira, 22 de abril de 2011

Resistência

"Resistência significa não deixar entrar. O pólo oposto da resistência é o amor. Podemos definir o amor de vários ângulos de visão: no entanto, qualquer forma de amor pode ser reduzida ao ato de deixar entrar. No amor, o ser humano abre suas fronteiras e deixa entrar algo que até então ficava do lado de fora. Na maior parte das vezes, denominamos essa fronteira de eu (ego) e tratamos tudo o que fica fora dessa identidade pessoal como tu (o não-eu). No amor, essa fronteira se abre para que o tu possa entrar e, através da união, se transforme também em eu. Em toda parte onde colocamos fronteiras, não amamos; por outro lado, sempre que deixamos entrar amamos. Desde Freud usamos a expressão mecanismos de defesa para aqueles jogos da consciência cuja missão é impedir que venham à tona conteúdos de aparência ameaçadora, oriundos do nosso inconsciente".
____________________________________________________________________________

 Este trecho faz parte do livro: DETHLEFSEN, Thorwald; DAHLKE Rüdiger. A doença como caminho. Tradução: Zilda Hutchinson Schild. São Paulo: Cultrix, 2007.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O amor

"A ferramenta essencial para unir os opostos chama-se amor. O princípio do amor implica receptividade e abertura para deixar entrar tudo aquilo que até então era exterior. O amor busca a unificação; o amor quer fundir-se e não isolar-se. O amor é a chave para a união dos opostos, visto que ele transforma o tu em eu, e o eu em tu. O amor é uma aceitação que não tem limites nem imposições; é incondicional. O amor quer tornar-se uno com o universo inteiro e, enquanto não conseguirmos isso, não teremos concretizado o amor. Enquanto o amor ainda for seletivo, não será verdadeiro, pois o amor não separa. O que separa é a escolha. O amor não conhece ciúme, pois não quer possuir nada: ele quer irradiar-se".
_________________________________________________________________________________
 Este trecho faz parte do livro: DETHLEFSEN, Thorwald; DAHLKE Rüdiger. A doença como caminho. Tradução: Zilda Hutchinson Schild. São Paulo: Cultrix, 2007.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Alertando-nos contra as boas obras

"Quem faz o bem talvez não o faça visando a fama; no entanto, esta o acompanhará. A fama nada tem a ver com o lucro; mas o lucro seguirá seus passos. O lucro nada tem a ver com o conflito, mas este surgirá seja como for. Portanto, que o Grande Honorável os proteja de fazer o bem."

                                                                                                         Yang Dschu

domingo, 17 de abril de 2011

Tao-te king

Assim também o sábio:
permanece na ação sem agir,
ensina sem nada dizer.
A todos os seres que o procuram
ele não se nega.
Ele cria, e ainda assim nada tem.
Age e não guarda coisa alguma.
Realizando a obra,não se apega a ela.
E, justamente por não se apegar,
não é abandonado.

                       Lao-Tsé