quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Aninha e Suas Pedras
Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
E constrindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doce.
Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
E na memória das gerações que hão de vir.
Esta fome é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que tem sede.
Cora Coralina
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Canção
Allen Ginsberg
O peso do mundo
é o amor.
Sob o fardo
da solidão,
sob o fardo
da insatisfação
o peso
o peso que carregamos
é o amor.
Quem poderia negá-lo?
Em sonhos
Nos toca
o corpo,
em pensamentos
constrói
um milagre,
na imaginação
aflige-se
até tornar-se
humano –
sai para fora do coração
ardendo de pureza –
pois o fardo da vida
é o amor.
mas nós carregamos o peso
cansados
e assim temos que descansar nos braços
do amor.
Nenhum descanso
Sem amor,
Nenhum sono
Sem sonhos
De amor –
Quer esteja eu louco ou frio,
obcecado por anjos
ou por máquinas,
o último desejo
é o amor
- não pode ser amargo
não pode ser negado
não pode ser contido
quando negado:
o peso é demasiado
- deve dar-se
sem nada de volta
assim como o pensamento
é dado
na solidão
em toda excelência
do seu excesso.
Os corpos quentes
brilham juntos
na escuridão,
a mão se move
para o centro
da carne,
a pele treme
na felicidade
e a alma sobe
feliz até o olho –
sim, sim,
é isso que
eu queria,
eu sempre quis,
eu sempre quis
voltar
ao corpo
em que nasci.
O peso do mundo
é o amor.
Sob o fardo
da solidão,
sob o fardo
da insatisfação
o peso
o peso que carregamos
é o amor.
Quem poderia negá-lo?
Em sonhos
Nos toca
o corpo,
em pensamentos
constrói
um milagre,
na imaginação
aflige-se
até tornar-se
humano –
sai para fora do coração
ardendo de pureza –
pois o fardo da vida
é o amor.
mas nós carregamos o peso
cansados
e assim temos que descansar nos braços
do amor.
Nenhum descanso
Sem amor,
Nenhum sono
Sem sonhos
De amor –
Quer esteja eu louco ou frio,
obcecado por anjos
ou por máquinas,
o último desejo
é o amor
- não pode ser amargo
não pode ser negado
não pode ser contido
quando negado:
o peso é demasiado
- deve dar-se
sem nada de volta
assim como o pensamento
é dado
na solidão
em toda excelência
do seu excesso.
Os corpos quentes
brilham juntos
na escuridão,
a mão se move
para o centro
da carne,
a pele treme
na felicidade
e a alma sobe
feliz até o olho –
sim, sim,
é isso que
eu queria,
eu sempre quis,
eu sempre quis
voltar
ao corpo
em que nasci.
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